AQUECIMENTO GLOBAL E AS CHEIAS DO RIO MEARIM

Nem os cientistas mais céticos duvidam que o nosso planeta está aquecendo. Nos últimos 100 anos, a temperatura média mundial subiu 0.75 graus Celsius. Como também não existe contestação séria ao fato de que isso vem ocorrendo em um ritmo acelerado. Como evidências desses fatos, temos o derretimento do gelo na calota norte , o Ártico, que vem perdendo área a cada verão. Os cientistas usam como instrumentos de medição, não apenas modelos gráficos de computador, mais instrumentos que possuem um alto grau de precisão, tais como: medições feitas por satélites e por sondas flutuantes nos oceanos. Até mesmo as flutuações de cores nas auroras boreais fornecem dados sobre a temperatura da Terra. O que fica bem evidente, é que todas as medições, diretas ou indiretas, apontam para o aquecimento, sem discrepâncias.
Contudo, é preciso que saibamos que o chamado aquecimento global, começa realmente a acontecer com mais intensidade a partir da Revolução Industrial, no século XVIII na Europa. E taís países ainda cobram dos países em desenvolvimento - dentre eles o Brasil, a poluição emitida. No entanto estes países só
chegaram ao "desenvolvimento" acusta da exploração de muitas vidas nas minas de carvão, consequentemente da poluição ambiental através de combustíveis fosséis.
O aquecimento é diretamente proporcional à atividade industrial, ocasionando um acúmulo de gases no nosso planeta, onde quanto mais intenso ele for , mais dióxido de carbono (CO2), metano e óxido de carbono (N2O) serão lançados na atmosfera. Assim, o aumento da concentração desses gases cria uma barreira na atmosfera. Ela impede que o calor do Sol, quando refletido pela Terra, se dissipe no espaço. O calor fica retido entre a superfície do planeta e a camada de gases. Daí o nome efeito estufa. O CO2 é o principal vilão porque sua presença é predominante. Equivale a 70% da concentração desses gases. Outros fatores que podem levar ao aquecimento global são de cunho natural, tais como alterações climáticas: o processo de decomposição natural de florestas, o aumento na atividade solar e as erupções vulcânicas. Porém, nenhum desses fatores produz tantas transformações com tanta velocidade, quanto a atividade humana vem provocando. Algumas cidades maranhenses- assim como outros Estados nordestinos, foram assolados pelas enchentes. Desabrigando várias famílias e deixando os municípios em estado de calamidade pública.

As cidades de Pedreiras e Trizidela do Vale em especial, não viam uma cheia do Rio Mearim como a que ocorreu pelos meses de Fevereiro, Março e Abril de 2008, há bastante tempo- para ser mais preciso desde de 1974 ( chamada de “a grande enchente”). O Rio Mearim subiu em questão de horas devido as fortes chuvas que assolaram a região, desabrigando milhares de famílias. Tais acontecimentos só nos levam a perceber quanto o planeta está de ponta à cabeça.
Para quem não consegue fazer as devidas relações do que ocorreu com o aquecimento global, os cientistas do Painel Internacional sobre Mudança Climática ( IPCC ) já alertavam que a distribuição das chuvas pelo globo será fortemente alterada. Aumentando a disponibilidade de água em alguns lugares, principalmente nas latitudes médias e nas regiões tropicais úmidas. Havendo mais seca nas regiões áridas e semi-áridas. O fim da água potável também pode ocorrer, mas não somente em conseqüência do aquecimento. Está relacionado também à poluição provocada pelo homem e ao aumento de demanda por água, principalmente para a agricultura irrigada.
No caso do Rio Mearim, está acontecendo esses fatores e muito mais. Tiragem de areia do fundo rio para à construção civil, desmatamento das matas ciliares nas margens, poluição de todos os tipos, enfim, estão matando aos poucos o Rio Mearim. E a resposta da natureza é bem dura também. Nós ( o mundo ) não podemos nos dar ao luxo de ignorar o aquecimento global. Isso porque, além de feitos desastrosos, tudo o que se fizer agora só terá resultados décadas à frente. Por isso tudo e um pouco mais, façamos a nossa parte!