segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O CAMINHO DA ÉTICA NA PESQUISA COM ANIMAIS


Marcelo Morales, membro do Concea (Controle de Experimentação Animal) presidente da comissão de Ética no Uso de Animais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é um dos principais ativistas e divulgadores das diretrizes do conselho de ética que visam incentivar as práticas de redução, refinamento e substituição dos animais em pesquisa, cadastrando tantos os procedimentos utilizados quanto os pesquisadores e experimentos científicos.

Ele alerta para a necessidade de inscrições das entidades da pesquisa no Cadastro das Instituições de Uso Científico de Animais  (CIUCA-MCT) e para a formação das comissões de ética. Segundo ele, após o
lançamento das regras de credenciamento, as Instituições terão uma ano e meio para fazê-las, caso contrário, correrão o risco de verem proibidos seus experimentos e pesquisas com animais.



Cartilhas e campanhas, como a veiculada no site <www.eticanapesquisa. org.br> , estão sendo utilizadas para a conscientização da comunidade científica e da população em geral. Segundo Morales, as próximas atividades serão o lançamento do Guia Nacional de Regras para o Uso de Animais em Ciência e Pesquisa, até o final deste ano, e o simpósio com agências estratégicas de educação, envolvendo o bioterismo, previsto para março de 2012.

Morales afirma que essa conscientização sobre procedimentos com o uso de animais deve demorar, uma vez que métodos científicos novos podem levar mais de dez anos para serem considerados válidos e validados. “Atualmente, já há testes em tecidos e aulas de vivisseção gravadas para serem exibidas em vídeo; contudo, apesar de se buscar a total substituição dos animais em pesquisa e ensino, ainda conviveremos um bom tempo com estas práticas, mas agora, eticamente regulamentadas”, concluiu o professor.
  

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